Mata ciliar é a formação vegetal localizada nas margens dos nos, córregos, lagos, represas e nascentes. Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária. Considerada pelo Código Florestal Federal como "área de preservação permanente", com diversas funções ambientais, devendo respeitar uma extensão específica de acordo com a largura do rio, lago, represa ou nascente.
             
O que acontece sem a mata ciliar?
                    O uso das áreas naturais e do solo para a agricultura,                  pecuária, loteamentos e construção de                  hidrelétricas contribuiram para a redução                  da vegetação original, chegando em muitos casos                  na ausência da mata ciliar.
               ESCASSEZ DA ÁGUA
               A ausência da mata ciliar faz com que a água                  da chuva escoe sobre a superfície, não permitindo                  sua infiltração e armazenamento no lençol                  freático. Com isso, reduzem-se as nascentes, os córregos,                  os rios e os riachos.
               EROSÃO E ASSOREAMENTO
               A mata ciliar é uma proteção natural                  contra o assoreamento. Sem ela, a erosão das margens                  leva terra para dentro do rio, tornando-o barrento e dificultando                  a entrada da luz solar.
               PRAGAS NA LAVOURA
               A ausência ou a redução da mata ciliar                  pode provocar o aparecimento de pragas e doenças na                  lavoura e outros prejuízos econômicos às                  propriedades rurais.
               QUALIDADE DA ÁGUA
               A mata ciliar reduz o assoreamento dos rios, deixa a água                  mais limpa, facilitando a vida aquática.
               IMPEDE A FORMAÇÃO DE CORREDORES NATURAIS
               Essas áreas naturais possibilitam que as espécies,                  tanto da flora, quanto da fauna, possam se deslocar, reproduzir                  e garantir a biodiversidade da região.        
Qual a diferença entre espécies nativas e espécies exóticas?
As espécies nativas são aquelas naturais de uma determinada região. A flora nativa, durante milhares de anos, vêm interagindo com o ambiente e, assim, passou por um rigoroso processo de seleção natural que gerou espécies geneticamente resistentes e adaptadas ao local onde ocorrem. Elas possuem um papel fundamental, pois controlam o excesso de água das chuvas no solo, evitam a perda de água dos rios e oceanos, gerenciam a filtração e a absorção de resíduos presentes na água, evita o escoramento e a erosão do solo, além de fornecerem alimentação e abrigo para agentes polinizadores. As espécies exóticas são aquelas introduzidas de outras regiões, como de outro país, por exemplo, não sofreram esse processo de seleção natural e, dessa forma, não servem de substituto ideal para a flora nativa, uma vez que não desempenham as mesmas funções dentro do ecossistema. As espécies exóticas são amplamente usadas com objetivos econômicos para a produção de celulose, por exemplo. Porém, é necessário ressaltar que um plano de manejo das espécies exóticas deve ser feito e tem fundamental importância para não deslocar as espécies nativas.
FONTE: LORENZI, H. “Árvores Brasileiras – Manual de Indentificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil”, volume 1, 4ª edição. Nova Odessa, SP: Instituro Plantarum, 2002.
Para que preservar as Matas Ciliares?
- Reter/filtrar resíduos de agroquímicos                  evitando a poluição dos cursos d’água
               - Proteger contra o assoreamento dos rios e evitar enchentes
               - Formar corredores para a biodiversidade
               - Recuperar a biodiversidade nos rios e áreas ciliares
               - Conservar o solo
               - Auxiliar no controle biológico das pragas
               - Equilibrar o clima
               - Melhorar a qualidade do ar, água e solo
               - Manter a harmonia da paisagem
               - Melhorar a qualidade de vida
Quais os danos ambientais decorrentes da redução da cobertura florestal e das matas ciliares?
- perda de qualidade da água
               - erosão e perda de nutrientes do solo
               - aumento de pragas das lavouras.
               - assoreamento dos rios e enchentes
               - alterações e desequilíbrios climáticos(chuva                  e aumento da temperatura)
               - redução da atividade pesqueira 
Legislação
A mata ciliar é uma área de                  preservação permanente, que segundo o Código                  Florestal (Lei n.° 4.771/65) deve-se manter intocada,                  e caso esteja degradada deve-se prever a imediata recuperação.e.                  Essa lei já existe há 40 anos! Mas nem sempre                  foi cumprida.
               Toda a vegetação natural (arbórea ou                  não) presente ao longo das margens dos rios, e ao redor                  de nascentes e de reservatórios, deve ser preservada.                  De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa                  de mata ciliar a ser preservada está relacionada com                  a largura do curso d'água. A tabela apresenta as dimensões                  das faixas de mata ciliar em relação à                  largura dos rios, lagos, represas e nascentes.
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